O mercado de segurança eletrônica está em constante evolução. As novidades não param e as tendências de tecnologia mudam a cada dia. Estar sempre conectado ao que acontece nesse segmento como um todo é um super diferencial. Aqui na Spectra, estamos de olho no que há de mais moderno, proporcionando sempre inovações vindas dos fabricantes.
Reginaldo Mattos, diretor da Spectra Systems, contou um pouco sobre o posicionamento da empresa atualmente e sobre os caminhos que trouxeram a Spectra a um reconhecimento a nível nacional. Ele fez um balanço do ano de 2018 e comentou sobre as expectativas para o ano novo. Confira!
Quais são as principais verticais de atuação da Spectra atualmente?
R- Empresas do segmento de tecnologia e engenharia, segurança eletrônica, empresas de T.I e de automação. Existem também as empresas parceiras que atuam nos mercados públicos (governos) e privadas (indústrias, shoppings, condomínios, redes de supermercados). De pequenos a grandes projetos. No governo, por exemplo, são diversos órgãos desde o municipal ao federal.
Nós temos um trabalho comercial com as empresas parceiras e fazemos diversas certificações em parceria com os fabricantes, esse trabalho serve para que os integradores tenham a capacidade de instalar, executar, iniciar e configurar um sistema.
Hoje no Brasil a Spectra é a única distribuidora, não atuamos em venda direta ao consumidor final, nem participa de licitações. Tudo é feito através dos nossos parceiros especializados. O mundo de segurança eletrônica hoje é muito grande e dentro desse mundo as possibilidades são diversas. Nós também atuamos com a linha de Super Wi-Fi, uma nova tecnologia, é um produto que no mundo inteiro só existe um fabricante e no Brasil somos exclusivos.
Quantos parceiros (fabricantes) vocês têm hoje?
R- Atualmente são onze parceiros.
Dahua, Avigilon, ISS, UTC, Altai, Infinet, BDcom, Hanwha, HID, Bosch, Allied
Pretendem aumentar esse número?
R- Para nós depende. Se for uma marca que venha agregar valor dentro dos nossos parceiros, sim. Para fecharmos com novos fabricantes eles precisam agregar algo nas tecnologias que nós já trabalhamos, de forma que ele não venha conflitar com outros parceiros. De todos os fabricantes que estão hoje em nosso portfólio poucos são concorrentes um dos outros. A maioria se integra e se complementa.
Não somos de trabalhar com marcas de mesma tecnologia. Procuramos sempre trabalhar com marcas de nome, que tenham um respaldo de engenharia e de garantia. Sempre antes de comercializar, fazemos testes para atestar a qualidade e tecnologia dos produtos.
A preocupação com capacitação e treinamento dos integradores é um diferencial da Spectra. Como funcionam os treinamentos e certificações e como você enxerga a importância desse tipo de iniciativa?
R- As certificações são fundamentais. Estamos adquirindo novas tecnologias e a quantidade de treinamentos e certificações deve aumentar. Os treinamentos são direcionados para o público das empresas de segurança, de T.I e de engenharia que é quem precisa ter a capacidade de executar uma instalação.
Existem dois tipos de treinamento. O treinamento comercial que é para nossos parceiros aprenderem a vender a tecnologia e existe o treinamento técnico que é para o integrador que precisa entender da tecnologia para poder prestar o serviço ao cliente final.
Como você percebeu a necessidade de expandir a Spectra para São Paulo e Brasília?
R- A Spectra na verdade já tinha uma atuação a nível nacional, mas de forma passiva. Alguns clientes nos conheciam através de outros clientes. De uns três anos para cá, principalmente nos últimos dois anos, a Spectra começou a ter uma penetração maior no mercado nacional.
Neste último ano, com a contratação e abertura de uma unidade comercial em Brasília, com uma base maior de escritório, uma equipe de engenharia e comercial em São Paulo, mais negócios foram alavancados.
Pretende ainda abrir mais alguma filial?
A Spectra foi uma aposta que eu fiz desde o ano passado para cá, e deu certo, por isso quero expandir mais ainda. É provável que no sul deva surgir mais uma unidade e dentro da região norte/nordeste mais outra.
Com tantas mudanças qual foi o crescimento da Spectra em 2018?
R- Tivemos dois anos de crise. No ano de 2015 tivemos um faturamento que tinha sido o melhor de todos os outros anos. Em 2016, no primeiro semestre tivemos um crescimento, mas no segundo semestre devido a crise do país tivemos um recuo.
Em 2017 recuperamos os números de 2015 e este ano tivemos um crescimento de aproximadamente 50% em relação a 2015 que até então tinha sido nosso melhor ano. Com isso podemos dizer que o ano de 2018 foi sim o ano do maior faturamento da Spectra. Já podemos comemorar! 2018 foi um ano muito importante para nós.
Quais as metas para 2019?
R- Em 2019 as perspectivas são as melhores. Acredito que o crescimento mais do que dobra. Temos um volume crescente de clientes. Creio que no primeiro semestre já conseguiremos reestruturar a empresa com a contratação de mais pessoas. Em 2018 no nosso mercado, a maioria as empresas recuaram e demitiram. Nós conseguimos dobrar a equipe.
2016 foi o ano em que eu percebi que a crise tinha chegado não apenas para o mercado de segurança eletrônica, mas para o mercado de modo geral. No primeiro semestre eu já estava preocupado com a situação econômica do país. Foi quando através do nosso diferencial, da nossa equipe, entendi que precisávamos inovar mais uma vez, mudar a forma de trabalho e ser diferente de todas as outras. Juntei meu lado técnico, meu lado empresário e meu lado comercial. Apostei as últimas fichas, insisti em um momento onde achava que era estratégico. Realmente não foi uma decisão fácil, pois precisava investir uma quantidade de dinheiro considerável dentro do negócio. Deu certo! Junto com toda a equipe que não cruzou os braços e entrou nesse desafio de vestir a camisa, o crescimento aconteceu e de forma rápida.
O mercado de segurança eletrônica está sempre em aperfeiçoamento devido às tendências tecnológicas. Quais as novidades e diferenciais para o ano novo?
R- Já temos bastante coisa para o ano que vem. Esse mercado realmente não para. Quando se trata de software cada dia é um novo dia. Não só para aprimoramento de novas tecnologias como para o nascimento de novas tendências. Hoje temos no mercado um dos analíticos de maior valor que é o reconhecimento facial. Antigamente esse era um produto muito mais caro e com menos eficiência. Hoje já evoluímos em tecnologia, em velocidade processamento e outros atributos. Além disso, o valor atualmente é mais justo e com um preço mais competitivo.
A ideia da Spectra é desenvolver um trabalho junto com o fabricante para levar essas tecnologias de valores altos para um mercado de commodities para um público de médio porte, como condomínios e empresariais. Queremos viabilizar essa tecnologia de forma mais acessível e mostrar que isso não é nada de outro mundo. Eu acredito que o ano de 2019 vai ser exatamente um ano mais aberto para a tecnologia. A Spectra tem esse diferencial.
Como você enxerga o posicionamento da Spectra, uma empresa genuinamente nordestina, no cenário nacional?
R- Não somos uma distribuidora apenas movedora de caixas, somos um conjunto de coisas. Não só logística e importação, como também treinamento e realização de um trabalho institucional junto ao usuário final. Dentro do Brasil, conseguimos um reconhecimento dos fabricantes e do mercado como uma empresa diferente. E com muito orgulho eu falo que somos nordestinos e que realmente fazemos a diferença.
Quando cheguei em São Paulo e entrei nesse mundo de segurança eletrônica, além de ser desconhecido eu era desacreditado. As pessoas se perguntavam “como assim, um distribuidor vindo do nordeste?”. E até então, ninguém me levava a sério. Não só eu como muitos outros. Isso há mais de 20 anos atrás. Acredito que desde menino eu já tinha o dom de eletrônica. Dentro da área técnica comecei a ter um acesso muito direto com o meu público e aí foi quando eu comecei a enxergar mais o lado comercial e não só ver a parte técnica. Isso me ajudou muito.
Quais os eventos que a Spectra sempre está presente para ficar por dentro das últimas novidades de mercado?
R- O melhor evento para o lançamento de tecnologias na área de segurança eletrônica é a feira de Las Vegas, onde vamos todos os anos. Acontece geralmente em abril. Lá é onde nascem todos os lançamentos e tendências de mercado. Não apenas lá, como também na China. Em outubro deste ano marcamos presença na feira de Pequim. Além é claro, das feiras que acontecem no Brasil e são muito requisitadas. Sempre marcamos presença para estar de olho nas novidades.